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História

APA- Associação Portuguesa de Atrelagem

Nos finais do Século XX, um grupo de amigos organizava as primeiras provas com cavalos atrelados nos moldes europeus. Realizou-se uma primeira prova de condução no Palácio de Queluz e fez-se a primeira maratona na Equipagem de S. Huberto em Santo Estêvão. As Atrelagens desfilaram em Lisboa e integraram os cortejos da Sociedade Hípica ao Campo Pequeno e na Praça do Império em Belém, no âmbito das Festas da Cidade de Lisboa.

A pouco e pouco as velhas carruagens, há muito arrumadas em palheiros e cocheiras, voltaram à luz do dia, para recomeçar a circular atreladas a um ou mais cavalos.

Mas essas carruagens pelo seu valor e antiguidade não serviam para as provas de campo. Por isso, apareceram as carruagens construídas hoje, mais resistentes e confortáveis.

Em Portugal é o primeiro Presidente da APA, o Senhor Dr. Manuel Abecassis, a lançar o primeiro modelo de carruagem de Maratona. Mais tarde vamos à Alemanha e a Inglaterra ver o que se fabrica por lá e aí aparecem as réplicas das carruagens de cidade, os spiders, os phaetons, as charrettes, os tilburys.

Posteriormente constituem-se equipas para concorrer em França, Bélgica e também na Alemanha, na Polónia e em Inglaterra. Os Portugueses e os seus cavalos são apreciados e a sua competência é reconhecida. Quatro Cavalos lusitanos tornam-se Campeões do Mundo, conduzidos pelo belga Felix Marie Brasseur, e o português Frederico de Beck, algum tempo depois, ascende ao título de Vice-campeão do Mundo de Parelhas. Nos jogos equestres mundiais realizados em Aachen, Félix Brasseur repete a proeza de voltar a ser campeão do mundo em quatro cavalos, novamente com cavalos lusitanos.

Entretanto, o interesse pela atrelagem aumenta por todo o país e na Feira da Golegã, não circulam somente uma dezena de carruagens, mas o número passa para a centena e meia.

É, assim, num contexto de grande entusiasmo e vontade de participar que entramos no Século XXI, no terceiro milénio. Surgindo assim novos desafios e a APA vai ao encontro de todos aqueles que pretendem participar nesta evolução.

Estão aqui compreendidas novas formas de utilização do cavalo atrelado ainda por explorar em Portugal, assim acontece com as provas rápidas designadas primeiro por Derbys, hoje Combinados Maratona, disputados numa tarde, e que tem adeptos por todo o país, e ainda os passeios de lazer no campo que promovem o convívio entre todos os associados.

Mas, não ficam esquecidas as velhas carruagens, pois vamos ter lugar para elas e para as podermos apreciar em cenários condignos. Quem tem as suas relíquias hipomóveis autênticas, restauradas e a brilhar, diríamos mesmo de fazer inveja a quem as vê, vai poder mostrá-las nos Concursos de Tradição a organizar.

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